O ato do consumo é um ato humano por excelência, no qual o homem atende a suas necessidades orgânicas (de subsistência), culturais (educação e aperfeiçoamento) e e estéticas.
Quando nos referimos a necessidades, não se trata apenas daquelas essenciais à sobrevivência, mas também das que facilitam o crescimento humano em suas múltiplas e imprevisíveis direções e dão condições para a transcendência. Nesse sentido, as necessidades de consumo variam conforme a cultura e também dependem de cada indivíduo. No ato de consumo participamos como pessoas inteiras, movidas pela sensibilidade, imaginação, inteligência e liberdade. O consumo não-alienado supõe, mesmo diante de influências externas, que o indivíduo mantenha a possibilidade de escolha autônoma, não só para estabelecer suas preferências como para optar por consumir ou não. Além disso, o consumo consciente nunca é um fim em si, mas sempre um meio para outra coisa qualquer.
Num mundo em que predomina a produção alienada, também o consumo tende a ser alienado. A produção em massa tem por corolário o consumo de massa. O problema da sociedade de consumo é que as necessidades são artificialmente estimuladas, sobretudo pelos meios de comunicação de massa, levando os indivíduos a consumirem de maneira alienada.
Diante disso, é com enorme prazer que gostariamos de convidá-lo a participar do II Encontro do Café Filosófico na Escola: informação, conhecimento e sabedoria, que tem por objetivo demonstrar de maneira didática a relação existente entre: trabalho, alienação e consumo apresentando elementos fundamentais que ligam os três aspectos desde sua origem até os dias atuais. Como suporte será utilizada a teoria de Walter Benjamim sobre os grandes centros e a teoria de Karl Marx sobre o capitalismo. Veremos que com a Revolução Industrial os indivíduos foram inseridos numa nova maneira de viver: em grandes centros, o apelo ao consumo e aos modos de vida urbanos são imperativos cada vez mais candentes.
O consumismo que vem como irmão da alienação é pai também de um elemento crucial nos relacionamentos contemporâneos: o isolamento e o embrutecimento. Os habitantes das metrópoles alienaram dentre outras coisas sua individualidade e sua autonomia, elementos preconizados pela filosofia desde a modernidade. Será sugerido um personagem como intérprete dessa realidade: o flâneur. Ele é um cidadão da grande Paris que tenta decodificar essa realidade muitas vezes sombria e inesperada.
Café Filosófico na Escola
Tema: Trabalho, Alienação e Consumo
Palestrante: Prof. Otávio Monteiro Pereira
Data: 01 de junho de 2011
Horário: 18:00 horas
Local: Auditório da Escola Parque
Contamos com a sua presença!!!!
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