3 de out. de 2011

O Encanto Nosso de Cada Dia!

gaiolaAinda bem que o tempo passa! Já imaginou o desespero que tomaria conta de nós se tivéssemos que suportar uma segunda feira eterna?
A beleza de cada dia só existe porque não é duradoura. Tudo o que é belo não pode ser aprisionado, porque aprisionar a beleza é uma forma de desintegrar a sua essência. Dizem que havia uma menina que se maravilhava todas as manhãs com a presença de um pássaro encantado. Ele pousava em sua janela e a presenteava com um canto que não durava mais que cinco minutos. A beleza era tão intensa que o canto a alimentava pelo resto do dia. Certa vez, ela resolveu armar uma armadilha para o pássaro encantado. Quando ele chegou, ela o capturou e o deixou preso na gaiola para que pudesse ouvir por mais tempo o seu canto.
O grande problema é que a gaiola o entristeceu, e triste, deixou de cantar.
Foi então que a menina descobriu que, o canto do pássaro só existia, porque ele era livre. O encanto estava justamente no fato de não o possuir. Livre, ele conseguia derramar na janela do quarto, a parcela de encanto que seria necessário, para que a menina pudesse suportar a vida. O encanto alivia a existência...Aprisionado, ela o possuia, mas não recebia dele o que ela considerava ser a sua maior riqueza: o canto!
Fico pensando que nem sempre sabemos recolher só encanto... Por vezes, insistimos em capturar o encantador, e então o matamos de tristeza.
Amar talvez seja isso: Ficar ao lado, mas sem possuir. Viver também.
Precisamos descobrir, que há um encanto nosso de cada dia que só poderá ser descoberto, à medida em que nos empenharmos em não reter a vida.
Viver é exercício de desprendimento. É aventura de deixar que o tempo leve o que é dele, e que fique só o necessário para continuarmos as novas descobertas.
Há uma beleza escondida nas passagens... Vida antiga que se desdobra em novidades. Coisas velhas que se revestem de frescor. Basta que retiremos os obstáculos da passagem. Deixar a vida seguir. Não há tristeza que mereça ser eterna. Nem felicidade. Talvez seja por isso que o verbo dividir nos ajude tanto no momento em que precisamos entender o sentimento da tristeza e da alegria. Eles só são suportáveis à medida em que os dividimos...
E enquanto dividimos, eles passam, assim como tudo precisa passar.
Não se prenda ao acontecimento que agora parece ser definitivo. O tempo está passando... Uma redenção está sendo nutrida nessa hora...
Abra os olhos. Há encantos escondidos por toda parte. Presta atenção. São miúdos, mas constantes. Olhe para a janela de sua vida e perceba o pássaro encantado na sua história. Escute o que ele canta, mas não caia na tentação de querê-lo o tempo todo só pra você. Ele só é encantado porque você não o possui.
E nisto consiste a beleza desse instante: o tempo está passando, mas o encanto que você pode recolher será o suficiente para esperar até amanhã, quando o passaro encantado, quando você menos imaginar, voltar a pousar na sua janela.

Padre Fábio de Melo

Protocolo da Aula de Sociologia do Dia 03.10.2011

 

TEMA DA AULA: A RESPOSTA DE MARX –O MATERIALISMO HISTÓRICO

OBJETIVO: ENTENDER QUEM CONSTRUIU A HISTÓRIA (O VERDADEIRO SUJEITO)

O MATERIALISMO HISTÓRICONo inicio da aula o professor Gilberto explicou em relação ao pensamento de Hegel, onde segundo ele a história se manifesta na família por meio de um certo altruísmo, ou seja, a razão em si. Hegel considerava ainda que a sociedade civil burguesa era egoísta, pois tinha a razão voltada para si sem se importar com as demais classes. Já o Estado apresentava duas faces, pois tinha a razão em si e para si.

Para Marx o verdadeiro sujeito da história é a relação dialética do sujeito com o mundo por meio do trabalho, segundo ele a economia é quem move a história, pois será através dela que serão determinadas a escolha dos indivíduos e baseado no consumo passará a existir uma certa diferenciação de classes.

A formação de Estruturas, ou seja, relação dialética entre homem e mundo serão as responsáveis em definir as Superestruturas como: Estado, Ideologia, Moral, Cultura e muitas outras que se tornarão de suma importância para a sociedade. Desse modo partindo para a questão econômica de uma determinada sociedade, Para que possamos entende-la é necessário conhecer primeiro a sua história.

Um exemplo importante citado em sala de aula foi o momento em que deu-se inicio a agricultura, onde um determinado indivíduo por meio da observação pode constatar que se planta-se as sementes de um determinado fruto, com um certo tempo germinaria e consequentemente podendo-se produzir em maiores quantidades e podendo por um fim na questão do deslocamento dos indivíduos de um lugar para outro, sedentarizando famílias o que irá gerar o surgimento das propriedades privadas dos meios de produção tendo como consequência a divisão de classes.