2 de mar. de 2013

Carta de Abraham Lincoln para o Professor de seu Filho

Como muitas informações que recebo por e-mail precisam passar sob um crivo antes de serem repassadas (cismo em saber se são verdadeiras ou falsas), acabo sempre por aprender um pouco mais ao pesquisar.
É o caso dessa carta atribuída a Abraham Lincoln… aliás, como muitas outras expressões de grande reflexão a ele atribuídas.
Sem pôr em causa sua brilhante capacidade de se expressar, tampouco os grandes méritos em sua carreira política, concluo que é realmente uma carta de significativo conteúdo que não foi escrita por Lincoln.
Pra já, a carta está datada de 1830. Como ele poderia ter escrito ao professor de seu filho se, nessa altura, não tinha filho? Lincoln tornou-se pai após ter se casado com Mary Todd, em 1842.
E ao pesquisar, encontrei um site escrito pelo americano Roger Norton, professor de história aposentado, sobre o 16° presidente dos Estados Unidos. E é ele quem afirma: “Tenho sido perguntado sobre essa carta, particularmente a partir de pessoas na Índia, onde parece ter maior circulação. Eu tenho mais de 280 livros de Abraham Lincoln, incluindo "As Obras Completas de Abraham Lincoln", e a carta não é mencionada em nenhum deles. Não há fonte segura para dizer-se que seja de sua autoria. É uma belíssima carta, mas não foi Lincoln quem a escreveu. É uma falsa afirmação.”
Se quiser, acesse ao site do Prof. Roger Norton (http://rogerjnorton.com/Lincoln2.html ), um dos melhoressites sobre Abraham Lincoln, uma das maiores figuras da história americana.
Entretanto, como a carta expressa uma verdadeira filosofia de vida, deixo-a cá… para sua reflexão. Pelos vistos, nunca saberemos o verdadeiro pai que fez esse pedido ao professor de seu filho.
"Caro professor, ele terá de aprender que nem todos os homens são justos, nem todos são verdadeiros, mas por favor diga-lhe que, para cada vilão há um herói, para cada egoísta, há um líder dedicado.
Ensine-o, por favor, que para cada inimigo haverá também um amigo, ensine-o que mais vale uma moeda ganha que uma moeda encontrada.
Ensine-o a perder, mas também a saber gozar da vitória, afaste-o da inveja e dê-lhe a conhecer a alegria profunda do sorriso silencioso.
Faça-o maravilhar-se com os livros, mas deixe-o também perder-se com os pássaros no céu, as flores no campo, os montes e os vales.
Nas brincadeiras com os amigos, explique-lhe que a derrota honrosa vale mais que a vitória vergonhosa, ensine-o a acreditar em si, mesmo se sozinho contra todos.
Ensine-o a ser gentil com os gentis e duro com os duros, ensine-o a nunca entrar no comboio simplesmente porque os outros também entraram.
Ensine-o a ouvir todos, mas, na hora da verdade, a decidir sozinho. Ensine-o a rir quando estiver triste e explique-lhe que por vezes os homens também choram.
Ensine-o a ignorar as multidões que reclamam sangue e a lutar só contra todos, se ele achar que tem razão.
Trate-o bem, mas não o mime, pois só o teste do fogo faz o verdadeiro aço. Deixe-o ter a coragem de ser impaciente e a paciência de ser corajoso.
Transmita-lhe uma fé sublime no Criador e fé também em si, pois só assim poderá ter fé nos homens.
Eu sei que estou a pedir muito, mas veja o que pode fazer, caro professor.“



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