30 de jul. de 2012

Pedras e armaduras


O mestre PahNu caminhava pela montanha com seu discípulo Daniel quando, de repente, uma pequena pedra se soltou das partes mais altas e atingiu levemente a cabeça do garoto.
Irritado, Daniel esbravejou e maldisse a pedra, sob o olhar atento e gozador de seu mestre, que se divertia com a situação.
Passados aqueles momentos de agitação do garoto, Jonas o chamou a sentar-se sob uma árvore e começou a falar:
− Daniel, essa pedra fez com que me lembrasse de uma história, que traz grandes ensinamentos para a nossa vida. Deixe-me contá-la a você… E assim começou:
“Há muito tempo, houve um reino em que as pessoas não respeitavam mais umas às outras. A intolerância entre elas era tanta que Deus ordenou que uma chuva de pedra se abatesse sobre o reino, até que Ele mesmo voltasse a ordenar que a chuva parasse.
Dessa maneira, as pessoas tiveram que se recolher às suas casas e o contato com os demais seres humanos passou a ser muito raro. Mas, também as dificuldades de viverem isolados começaram a se mostrar cada vez maiores. E eles começaram a entender que precisavam uns dos outros.
Foi então que um cientista inventou uma armadura para proteger as pessoas contra as pedras. Assim, todos passaram a usar armaduras e puderam voltar a sair de suas casas e se relacionar novamente com os demais.
Porém, com o tempo, as armaduras passaram a servir também como elementos de divisão, de segregação, entre os homens. Os guerreiros faziam questão de armaduras cada vez mais fortes, para mostrar o seu poder. Os pobres se limitavam às armaduras mais baratas, que lhe ofereciam um mínimo de proteção, enquanto os ricos ostentavam armaduras cobertas de ouro e pedras preciosas, que mostravam a sua “superioridade” social. Já as pessoas de mau caráter optavam por armaduras mais fechadas, que escondiam seus olhos e suas verdadeiras intenções. E, assim por diante, cada um procurava ter a melhor armadura que pudesse comprar e que o tornasse especial, diferenciado, dentro da classe a que pertencia.
Dessa forma, a preocupação maior do ser humano passou a ser com a armadura que vestia, ou iria vestir no futuro. E ninguém mais conhecia um ao outro… Apenas conheciam a armadura que cada um usava.
Assim, o tempo passou, as gerações passaram, de modo que não usar uma armadura passou inclusive a ser passível de punição pelas autoridades locais.
Mas um dia um jovem se revoltou com tudo aquilo e decidiu que nunca mais usaria uma armadura. Saiu para a rua com roupas de tecido normal, e assim passou a viver. Até que foi preso e julgado por sua insanidade.
Durante o julgamento, um dos acusadores o questionou, preocupado:
− Meu jovem… Você sabe que está errado perante a nossa lei e que está sendo julgado por não usar armadura. Mas, diga-nos somente uma coisa: como é que as pedras que caem do céu não o ferem?
Espantado, o jovem somente retrucou:
− De quais pedras você está falando?…
Deus havia parado com a chuva de pedras já fazia muito tempo, porém os homens, preocupados apenas com a aparência de suas armaduras, nem ao menos haviam reparado que elas não eram mais necessárias.”
Jonas concluiu, então:
− Essa história pode nos ensinar diversas lições. Mas há uma em especial para a qual eu gostaria de chamar sua atenção:
Muitas vezes trazemos do nosso passado coisas de que nem ao menos recordamos sua origem − são pensamentos, comportamentos e atitudes que eram adequados a uma determinada época em que vivemos, mas que já não nos servem mais. Carregamos essa carga extra, que somente nos atrasa e dificulta a nossa caminhada. Continuamos a usar armaduras para nos proteger de pedras, quando as pedras já não mais existem.
Por isso é importante parar a cada dia e pensar com cuidado sobre quais as armaduras que estamos vestindo e que já não são mais necessárias. Não importa o que o levou a usar essas armaduras, olhe com cuidado e perceba se já não é hora de abandoná-las.
Saber a hora de abandonar aquilo que não nos serve mais, abandonar o passado, deixar o passado no passado, é fundamental…
Somente estando livre das cargas do passado é que você poderá caminhar decididamente, vivendo melhor o seu presente e construindo um futuro mais feliz.

Pense sobre isso!
Um abraço e muita Paz!
Gilberto Cabeggi

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27 de jul. de 2012

100 livros essenciais da literatura brasileira

Livros

Faço parte de uma comunidade no Face Educar Para Crescer, e solicite uma ajuda aos mesmos e prontamente me atenderam, me passando a lista dos 100 clássicos, e coloco abaixo na integra a reportagem que me enviaram para que como eu possam ter acesso a essa relíquia literária.


Dom Casmurro, Macunaíma, O Tempo e o Vento e outras obras fantásticas que você deve ler uma vez na vida



Quais são os 100 livros fundamentais, essenciais, imperdíveis da literatura brasileira? Que romance, poesia, crônica ou conto você não pode deixar de ler na vida? Dom CasmurroBrás CubasMacunaíma, Sargento de MilíciasGrande Sertão Veredas e outras grandes obras do Brasil. A revista Bravo selecionou os 100 melhores livros dos melhores autores do país. Aqueles clássicos que caem no vestibular com 100% de certeza. Um ranking dos livros mais importantes do Brasil. Veja a lista no final do texto ou siga as dicas de 17 educadoras que selecionaram os livros essenciais para ler dos 2 aos 18 anos e chegar a vida adulta com boas referências, no hotsite Biblioteca Básica.

Escritores costumam ser, até por ofício, bons frasistas. É com essa habilidade em manejar palavras, afinal, que constroem suas obras, e é em parte por causa dela que caem no esquecimento ou passam para a história. Uma dessas frases, famosa, é de um dos autores que figuram nesta edição, Monteiro Lobato: "Um país se faz com homens e livros". Quase um século depois, a sentença é incômoda: o que fazer para fazer deste um Brasil melhor? No que lhe cabe, a literatura ainda não deu totalmente as suas respostas. 

Outro grande criador de frases, mais cínico na sua genialidade, é o dramaturgo e escritor Nelson Rodrigues, outro autor representado nesta edição. Dizer que "toda unanimidade é burra" é muito mais que um dito espirituoso: significa mesmo uma postura em relação às coisas do mundo e do homem tão crucial quanto aquela do criador do Sítio do Picapau Amarelo. 

É evidente que o ranking das 100 obras obrigatórias da literatura brasileira feito nesta edição não encontrará unanimidade entre os leitores. Alguns discordarão da ordem, outros eliminariam títulos ou acrescentariam outros. E é bom que seja assim, é bom que haja o dissenso: ficamos longe da burrice dos cânones dos velhos compêndios e da tradição mumificada. 

Embora tenha sua inevitável dose de subjetividade, a seleção feita nesta edição, contudo, está longe de ser arbitrária. Os livros que, em seus gêneros (romance, poesia, crônica, dramaturgia) ajudaram a construir a identidade da literatura nacional não foram desprezados (na relação geral e na ordem). Nem foram deixados de lado aqueles destacados pelas várias correntes da crítica, muito menos os que a própria revista BRAVO!, na sua missão de divulgar o que de melhor tem sido produzido na cultura brasileira, julgou merecer.

O resultado é um guia amplo, ao mesmo tempo informativo e útil. Para o leitor dos livros de ontem e hoje, do consagrado e do que pode apontar para o inovador. Não só para a literatura, mas também, como queria Lobato, para os homens e para o país que ainda temos de construir. A seguir, os 100 livros essenciais da literatura brasileira, listados em ordem alfabética de autor. Leia e divirta-se!



  1. Adélia Prado: Bagagem 
  2. Aluísio Azevedo: O Cortiço 
  3. Álvares de Azevedo: Lira dos Vinte Anos
  4. Antonio Callado: Quarup 
  5. Antônio de Alcântara Machado: Brás, Bexiga e Barra Funda 
  6. Ariano Suassuna: Romance d'A Pedra do Reino 
  7. Augusto de Campos: Viva Vaia 
  8. Augusto dos Anjos: Eu 
  9. Autran Dourado: Ópera dos Mortos 
  10. Basílio da Gama: O Uraguai 
  11. Bernando Élis: O Tronco 
  12. Bernando Guimarães: A Escrava Isaura 
  13. Caio Fernando Abreu: Morangos Mofados 
  14. Carlos Drummond de Andrade: A Rosa do Povo
  15. Castro Alves: Os Escravos
  16. Cecília Meireles: Romanceiro da Inconfidência
  17. Clarice Lispector: A Paixão Segundo G.H.
  18. Cruz e Souza: Broquéis 
  19. Dalton Trevisan: O Vampiro de Curitiba 
  20. Dyonélio Machado: Os Ratos 
  21. Erico Verissimo: O Tempo e o Vento 
  22. Euclides da Cunha: Os Sertões 
  23. Fernando Gabeira: O que é Isso, Companheiro? 
  24. Fernando Sabino: O Encontro Marcado 
  25. Ferreira Gullar: Poema Sujo 
  26. Gonçalves Dias: I-Juca Pirama 
  27. Graça Aranha: Canaã 
  28. Graciliano Ramos: Vidas Secas
  29. Gregório de Matos: Obra Poética
  30. Guimarães Rosa: O Grande Sertão: Veredas
  31. Haroldo de Campos: Galáxias 
  32. Hilda Hilst: A Obscena Senhora D 
  33. Ignágio de Loyola Brandão: Zero 
  34. João Antônio: Malagueta, Perus e Bacanaço 
  35. João Cabral de Melo Neto: Morte e Vida Severina 
  36. João Gilberto Noll: Harmada 
  37. João Simões Lopes Neto: Contos Gauchescos 
  38. João Ubaldo Ribeiro: Viva o Povo Brasileiro 
  39. Joaquim Manuel de Macedo: A Moreninha 
  40. Jorge Amado: Gabriela, Cravo e Canela
  41. Jorge de Lima: Invenção de Orfeu 
  42. José Cândido de Carvalho: O Coronel e o Lobisomen 
  43. José de Alencar: O Guarani
  44. José J. Veiga: Os Cavalinhos de Platiplanto 
  45. José Lins do Rego: Fogo Morto 
  46. Luis Fernando Verissimo: O Analista de Bagé 
  47. Luiz Vilela: Tremor de Terra 
  48. Lygia Fagundes Telles: As Meninas
  49. Machado de Assis: Memórias Póstumas de Brás Cubas
  50. Manuel Antônio de Almeida: Memórias de um Sargento de Milícias 
  51. Manuel Bandeira: Libertinagem
  52. Mário de Andrade: Macunaíma
  53. Mário Faustino: o Homem e Sua Hora 
  54. Mário Quintana: Nova Antologia Poética 
  55. Marques Rebelo: A Estrela Sobe 
  56. Menotti Del Picchia: Juca Mulato 
  57. Monteiro Lobato: O Sítio do Pica-pau Amarelo 
  58. Murilo Mendes: As Metamorfoses 
  59. Murilo Rubião: O Ex-Mágico 
  60. Nelson Rodrigues:  Vestido de Noiva
  61. Olavo Bilac: Poesias 
  62. Osman Lins: Avalovara 
  63. Oswald de Andrade: Serafim Ponte Grande
  64. Otto Lara Resende: O Braço Direito 
  65. Padre Antônio Vieira: Sermões 
  66. Paulo Leminski: Catatau 
  67. Pedro Nava: Baú de Ossos 
  68. Plínio Marcos: Navalha de Carne 
  69. Rachel de Queiroz: O Quinze 
  70. Raduan Nassar: Lavoura Arcaica
  71. Raul Pompéia: O Ateneu 
  72. Rubem Braga: 200 Crônicas Escolhidas 
  73. Rubem Fonseca: A Coleira do Cão 
  74. Sérgio Sant'Anna: A Senhorita Simpson 
  75. Stanislaw Ponte Preta: Febeapá 
  76. Tomás Antônio Gonzaga: Marília de Dirceu
  77. Vinícius de Moraes: Nova Antologia Poética 
  78. Visconde de Taunay: Inocência

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19 de jul. de 2012

O método de John Place para memorizar textos


O texto abaixo nos ensica o método de John Place para memorizar textos, o mesmo foi retirado na integra do Blog Memorização, achei interessante e vim compartilhar com os amigos/visitantes. Boa leitura


Em abril de 2007, escrevi um texto sobre o fenômeno da reminiscência.Na época, esse texto surgiu como uma resposta a uma pergunta frequente em meus cursos de memorização: "as técnicas de memória dispensam a memorização pela repetição?". É óbvio que não! A repetição é essencial durante qualquer processo de memorização, ainda que você seja um mentatleta.

No campeonato mundial de memória, existe uma prova chamada "hour cards", onde tentamos memorizar o maior número de cartas de baralho em apenas 1 hora. O interessante é que gastamos mais tempo repassando as cartas do que realmente memorizando-as. No mundial de 2007, memorizei a ordem de 6 baralhos recém embaralhados em cerca de 15 minutos. No entanto, para garantir a quebra do recorde latino-americano de cartas memorizadas em 1 hora, preferi dispensar todos o tempo que me restava repassando cada carta de cada baralho (312). É claro que não fiquei repetindo as cartas como um papagaio em minha cabeça. Eu simplesmente utilizei a sinestenesia e o fenômeno da reminiscencia de maneira adequada. John Place desenvolveu um método de memorização simples e eficaz, também baseado na utilização correta desses princípios da memória.

O método de John Place

John Place é um bem sucedido professor universitário, formado em Gerenciamento de Sistemas de Informação, pela Universidade de Missouri, formou com a maior nota de sua sala. Após a faculdade, ele investiu na carreira de programador e arquiteto, obtendo aumento constante de seu salário. Atualmente, ele é professor universitário e fornece consultoria em motivação em diversas grandes empresas nos EUA.

Na faculdade, ele memorizou 7 capítulos (mais de 23.000 palavras) de seu livro texto de psicologia. Ele era capaz de realmente recitar os 7 capítulos na íntegra. Esse feito ocorreu graças a duas declarações feitas por um professor em sua faculdade:

a) Nenhum aluno nunca tirou total em minha primeira prova.
b) Todas as respostas da prova poderiam ser encontradas nos primeiros 7 capítulos do livro texto.

Determinado a ser o melhor aluno de sua sala, ele simplesmente memorizou os 7 capítulos na íntegra. É óbvio que nem todos vocês desejam memorizar mais de 20.000 palavra para uma prova. No entanto, eu método é um bom exemplo de como uma repetição sistematizada, aliada ao bom uso da sinestesia, podem ser utilizadas para se memorizar qualquer coisa.
  1. Inicialmente, use um lápis ou processador de texto para anotar, em frases completas, qualquer fato que você julga que possa aparecer em sua prova.
  2. Leve suas anotações para uma sala silenciosa, feche a porta e elimine todas as distrações.
  3. Leia a primeira frase em voz alta. Em seguida, feche seus olhos e repita a frase sem olhar no papel.
  4. Repita o passo acima, agora lendo as 2 primeiras frases.
  5. Agora, repita o processo utilizando cada vez uma frase a mais. Repita as frases até que você seja capaz de repetí-las sem o uso do papel.
Após essa sessão de memorização, John recomenda que seus alunos tirem um pequeno cochilo. Segundo o autor, nesse momento, as memórias estão muito vulneráveis e precisam ainda de tempo para se consolidar. Após o cochilo, o professor recomenda que seus alunos repitam mais uma vez todo os 5 passos anteriores, para obter o máximo de retenção.
John se tornou tão bom em sua técnica que passou a ser capaz de aprender a matéria de qualquer prova (por mais difícil que fosse) em apenas 6 horas. Pode parecer muito tempo, mas não é, visto que o professor precisava de no máximo 6 horas para se preparar para qualquer prova, ainda que ele não tivesse nem ao menos aberto o livro durante todo o semestre.
John finaliza explicando que, no que tange técnicas de memória, é importante que você descubra alguma estratégia mnemônica que funcione para você, seja ela qual for. Quando se trata de técnicas de memória, não existem técnicas boas ou ruins: se funciona para você, ela é a técnica correta.
Aliás, John realmente foi o primeiro aluno a conseguir 100% de aproveitamento na prova do professor citado acima.
John está corretíssimo em sua abordagem. Ainda que eu prefira utilizar algum sistema mnemonico complexo para a memorização de textos a utilizar a força bruta (qualquer processo de memorização que não utiliza palavras-chave ou imagens), sua abordagem realmente funciona, visto que ela não apenas respeita o fenômeno da reminiscência, mas também respeita a sinestesia, intercalando os sentidos visuais e auditivos para a criação de códigos de memória mais eficientes.
Gostou desse artigo? Visite já o sitehttp://www.supermemoria.com.br para fazer download de muitos outros artigos e programa para tornar sua memória tão boa quanto a minha!

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16 de jul. de 2012

Amor não é prisão

Programa de 04/Junho/2009. Neste vídeo Padre Fábio de Melo fala sobre os relacionamentos que parecem amor, mas são prisões, muitas vezes alimentadas pelo ciúme doentio. Muitas pessoas acham que amam o seu namorado ou namorada, mas na verdade apenas se acostumaram com a situação, e vivem presas, se tornam objetos. Amar é querer bem, e não aprisionar a pessoa amada como se fosse sua dona. Padre Fábio diz que muitas vezes esta prisão surge da liberdade excessiva de muitos casais de namorados, que vivem como se já estivessem casados. O namoro não tem este objetivo, e deve ser respeitado, tudo tem o seu tempo.



Também disponível em MP3.

12 de jul. de 2012

3º Período


OBSERVAÇÃO: 
  1. Ressalto que as Aulas Transcritas são decorrentes de um esforço pessoal, ficando a critério dos amigos/visitantes a utilização das mesmas, podendo conter erros pessoas de interpretação e entendimento.
  2. Se alguém se sentir prejudicado por alguma violação de direito autoral, entre em contato comigo para darmos solução a questão".
  3. Para ter acesso ao material disponibilizado aqui, é só escolher a matéria desejada e clicar. Você será redirecionado(a), para o conteúdo desejado, onde encontrará: “Transcrições de Aulas; Livros; Apostilas, etc."

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