18 de set. de 2011

Resumo 1ª Unidade–Sociologia e Antropologia Jurídica




  1. Representação Mitológica.
MitologiaPara que possamos entender o que é “sociologia”, devemos voltar no tempo, para entender a formação da humanidade, e do ser humano.
O individuo quando nasce tem como fonte de sua formação, os seus pais, que lhes passam os costumes, e tradições da família, e, por conseguinte da sociedade em que vivem, que são capitados através dos sentidos. Em seu desenvolvimento, a sua formação como individuo lhe é passado, de forma tradicional, as informações que farão dele (individuo), mas um na sociedade existente.
A narrativa de fatos como monstros aterrorizantes que habitavam mares tenebrosos e ilhas desertas, é feita através do Mito, ou seja, dos deuses ou outros seres sobrenaturais cujos feitos fazem parte da cosmovisão de uma determinada comunidade, sendo assim uma das primeiras formas de representação humana. Em um grupo de pessoas, pequeno, era legitimado, essa narrativa, enraizando assim, essas representações, míticas, à medida que essa comunidade crescia, essas narrativas eram passadas, e transmitida, criando-se ai a tradição. Pois através dessas narrativas eram estabelecidas, as normas de conduta de uma sociedade, e explicados todos os infortúnios que esta comunidade, passava, e as mesmas não questionavam essas “verdades”.
tradicionalismoNeste caso o tradicionalismo, é uma característica marcante deste tipo de representação, onde a reflexão e a razão não fazem parte, ou seja, as coisas são o que são, e pronto, não são questionadas, pois o mito falou que isso é assim. E quem representa o mito? Pessoas, tidas pelo povo como especiais, chamadas de sacerdotes, ou lideres, que “conseguem” se comunicar com os Deuses, e com isso transmitir as suas ordens e desejos, aos mortais, detendo assim o poder.
Quando em uma sociedade como esta, surgem contestações, é sinal que esta perdendo força, e isso se deu no século VIII a.C, com os Gregos.
  1. Representação Cientifico-filosófica.

reencarnacao-e-as-pesquisas-01Com o avanço do conhecimento do homem, em varias áreas do saber e, por conseguinte o avanço tecnológico, diminuindo distancias, através da urbanização, e navegação, os mitos foram sendo desmascarados, e com isso o homem começou a ter uma nova visão sobre si e o mundo. Começaram a formular, que o homem é responsável pela sua existência e não os Deuses. Essa nova fase da humanidade, obrigou a desenvolver uma nova organização social, chamada de “Democracia”, ou seja, um governo exercido pelo povo, e para o povo, essas decisões eram tomadas pelos gregos proprietários, que tinham tempo livre para discutir na Ágora, os rumos da sociedade.

filosofosA esses cidadãos, eram chamados de Filósofos, ou seja, amigos da sabedoria, onde buscavam usar a razão ou o bom senso, para dirimir suas opiniões. E nestas discursões muitas vezes os interesses individuais, eram contrariados em detrimento de interesses coletivos. Para tanto os mesmos usavam uma atitude filosófica, que buscava negar as verdades impostas, e de uma forma positiva, sempre indagando a qualquer objeto, o que é? Por que é? Como é? Desenvolvendo assim a atitude critica, onde o individuo, formulas as questões: por quê? Querendo saber a causa do pensamento, do que se diz das ações; o quê?, na busca de entender o conteúdo do que se pensa, do que se diz, do que se faz; e para quê? Querendo saber a finalidade. Com essas indagações eles, os filósofos, poderiam indagar e buscar entender tudo a seu redor. Com essa linda de pensamento, os fenômenos naturais passaram a ser interpretados, a luz da própria natureza, e só era verdade aquilo que pudesse ser demonstrado racionalmente.
Abandonando assim a tradição refletida no mito, e agora elaborando a tradição da reflexão, ou seja, retornando ao próprio pensamento, passar a duvidar das coisas apresentadas anteriormente, e estranhar aquelas com as quais já se convive pacificamente.
  1. Representação Teológica-religiosa: a Escolástica.
Escolástica.Com a institucionalização do cristianismo, no império romano, e o crescimento de correntes místicas, a filosófica clássica, que baseava-se na verdade construída pela razão, foi perdendo força. Filósofos buscaram aliar a razão à fé, surgindo assim a escolástica, que nasceu nas escolas monásticas cristãs para tentar conciliar a fé cristã com um sistema de pensamento racional, especialmente o da filosofia grega. Colocava uma forte ênfase na dialética para ampliar o conhecimento por inferência, e resolver contradições. Surgindo assim a teologia.
estamentoA estrutura organizacional da Idade Média é o feudo, que era uma sociedade dividida em estamentos, ou seja, Clero, Nobreza e Povo. Desta forma, a Igreja monopolizou a produção do conhecimento. Pois a mesma era a representação de Deus, na terra, e tudo que ela, falasse era lei, à verdade, e por tanto deveria ser seguida, e não questionada. Neste período poucos sabiam ler, e com isso o conhecimento ficava limitado ao Clero. Nesta sociedade cada um sabia o seu lugar, não havendo pressão para novas descobertas ou técnicas. As relações sociais, são orientadas por uma tradição religiosa.
  1. Representação Cientifica do Mundo.
representação cientificaO mundo cresce, e se torna cada vez mais complicado administra-lo, a visão religiosa, começa a demonstrar enfraquecimento, quando processos como o:
a) Renascimento, que buscou redescobrir a cultura clássica greco-romana, significa a retomada de discursos que relacionavam arte, politica, reorganização do estado, sexualidade, essas discursos, foi criando fissuras, nas ideias da igreja.
b) Humanismo, que buscou ter como foco o próprio homem, ou seja, o antropocentrismo, antagônico ao teocentrismo, neste caso começa a se pensar nas necessidades humanas, e não somente em Deus;
c) a Reforma Protestante, mudou a concepção de trabalho, que ate então era tido pela igreja como impuro, e passou a ser uma vocação, digno, e necessário, ele reinveste o que consegue. E o sacerdócio universal, ou seja, cada homem e mulher poderia ter acesso a Deus, e não só a Igreja como porta-voz de Deus.
  1. O Surgimento: industrialização e suas consequências.
industrializacaoCom essa visão do que o trabalho é algo honroso, feito pela reforma protestante, o individuo começa a ver no trabalho algo honesto, começam então a produzir excedente, e nesta produção excedente surge à necessidade de mão de obra, e na expansão das cidades, começa a surgi o êxodo rural, tornando as cidades cada vez mas populosas, a revolução cientifica, fiz com que a produção crescesse, a passos largos, e com ela os problemas, e conflitos, decorrentes desse desenvolvimento, já que o modo de vida subsistente, já não comportava esse novo sistema. Para manter a família o camponês, agora teria que vender a sua força de trabalho em troca de salário, neste período não existiam, normas reguladoras para definir os direitos dos trabalhadores. Os burgueses por sua vez, procuravam identificar possíveis revoltas, e criavam sistemas de exclusão de dia de trabalho, e com isso continham os queixosos, já que só ganhavam se trabalhassem, e então calavam-se, se não, ficavam sem trabalho, e por consequência sem dinheiro para comprar alimento. E nesta empreitada não eram so os homens, mas mulheres e crianças trabalhavam, muitas vezes com jornadas de trabalhos de 12 horas, sem férias e feriados, ganhando um salário de subsistência.
  1. O surgimento da Sociologia.
sociologia 2Existia um grupo de filósofos que procuravam transformar não só as velhas formas de conhecimento, baseadas na tradição e na autoridade, mas a própria sociedade, eram os “iluministas”, que atacaram com veemência os fundamentos da sociedade feudal, eles exigiam uma explicação cientifica para os fatos, sejam eles sociais ou naturais. E neste sentido com o modelo baseado na observação, e nos métodos matemáticos, surge a uma nova ciência, chamada de “física social”, que posteriormente seria chamada de Sociologia.
Com esses conflitos, com a queda das monarquias, a constituição dos Estados nacionais do ocidente a evolução do pensamento cientifico, surgem às ciências naturais (como a biologia, física, química etc.), e no meio de todas essas transformações, nasce a “Sociologia”, com o objetivo de compreender as novas formas das sociedades, sua estrutura e organizações, utilizando os métodos científicos, como fonte para a explicação dos fenômenos sociais, os tais “problemas”, que passaram a ser objeto de estudo.
A Sociologia tem a função de, ao mesmo tempo, observar os fenômenos que se repetem nas relações sociais – e assim formular explicações gerais ou teóricas sobre o fato social –, como também se preocupa com aqueles eventos únicos, como por exemplo, o surgimento do capitalismo ou do Estado Moderno, explicando seus significados e importância que esses eventos têm na vida dos cidadãos, sendo um instrumento de compreensão da realidade social e de suas múltiplas redes ou sociais. Ela estuda e pesquisa as estruturas da sociedade, como grupos étnicos (indígenas, aborígenes, ribeirinhos etc.), classes sociais (de trabalhadores, esportistas, empresários, políticos etc.), gênero (homem, mulher, criança), violência (crimes violentos ou não, trânsito, corrupção etc.), além de instituições como família, Estado, escola, religião etc.
A sociologia não estuda a sociedade, ela estuda objetos, certas relações, entre indivíduos e instituições, modos de agir, de dominar, de construir realidades, certos aspectos da religião, etc. Ela é um projeto contraditório, ora progressista e ora conservadora. São contraditórios porque são opostos diametralmente, uma a outra. Pois elas buscam manter a sociedade capitalista e ora elas querem transformar.
O que caracteriza a sociedade capitalismo? A propriedade privada nos meios de produção. Essa propriedade gera a divisão de classes sociais, a burguesia e proletariado.
foto 1Existe aqueles que vendem a força de trabalho (proletariado) e aqueles que compram (burgueses).
a. Conservadora - Uma parte da sociologia quer manter a sociedade capitalista, com a propriedade privada, com a divisão de classes, pois eles acham que isso nos leva a um progresso.
b. Progressista (revolucionária) - E outra parte dos sociólogos, vê a sociedade, de forma diametralmente, eles acham que a sociedade deve ser radicalmente transformada, sofrer uma revolução. E como deixar de ser capitalista, acabando com o monopólio privado dos meios de produção, e com a divisão de classes.