24 de fev. de 2012

Fichamento


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Técnica de Fichamento
Prof Dra. Hortência de Abreu Gonçalves

1. FICHAMENTO
· Técnica que propicia economia de tempo e qualidade no estudo e na pesquisa;
· Objetiva guardar o essencial de um texto, de maneira que se tenha essas informações anotadas, sempre que precisar.
· Podem ser organizadas por autor, por obra ou por assunto.
· A função do fichamento é colocar à disposição do pesquisador, de forma organizada e seletiva, um conjunto de informações de obras já consultadas, imprescindíveis para a elaboração de trabalhos acadêmicos.

2. ALTTERNATIVAS DO FICHAMENTO
· - uma recomendada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que são as fichas;
· - uma segunda alternativa, um pouco mais informal, que pode ser feita em cadernos A/Z, onde serão registrados os fichamentos;
· - a terceira que é o arquivo do computador.
· É mais comum que o fichamento seja feito em fichas, mas com o desenvolvimento tecnológico e o aparecimento da informática, com sua capacidade de guarda e armazenamento de informações, pode ser feito no computador, em arquivos, disquetes ou CDs.
· O armazenamento em arquivos no computador facilita no processo de elaboração dos trabalhos acadêmicos.

3. OBJETIVO DO FICHAMENTO
· Anotação de uma referência bibliográfica de um livro;
· Elaboração de um esquema;
· Transcrição de um parágrafo de um texto;
· Apreciação de uma obra;
· Elaboração de um resumo;
· Outros.

4. ORGANIZAÇÃO DO FICHAMENTO
· s informações transcritas podem ser colocadas em um único lado ou nos dois lados da ficha, desde que permita a visualização e organização das informações.
· É um critério particular e depende do indivíduo ou de quem a solicita.
· Quando o fichamento for feito em mais de uma ficha, recomenda-se colocar a numeração, ao alto, à direita, apenas na frente de cada ficha.
· Os tamanhos das fichas são:
·  PEQUENO (7,5 X 12,5 cm); MÉDIO (10,5 X 15,5 cm) e GRANDE (12,5 X 20,5 cm).

5. PROCEDIMENTOS GERAIS DO FICHAMENTO
· Papel branco, formato ofício – A4 (21 cm x 29,7 cm);
· As margens da folha devem ter 3 cm (esquerda e superior) e 2 cm (direita e inferior);
· Digitação na cor preta, em tamanho 12, nas fontes Times New Roman ou Arial;
· Redação com impessoalidade, objetividade, clareza e concisão;
· Espaçamento simples na referência bibliográfica e entre esta e o conteúdo do resumo;
· Espaçamento 1,5 no conteúdo do resumo (Texto) e entre este e as palavras-chave (resumo informativo);
· Organização da referência bibliográfica de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT NBR 6023.

6. PRINCIPAIS TIPOS DE FICHAS
6.1. Tipo de Fichas
· Esquema;
· Citações;
· Resumo (conteúdo);
· Comentário (analítica);
· Apontamentos;
· Glosa;
· Sínteses Pessoais;
· Bibliográfica;
· Esboço;
· De Leitura;
· Monográfica;



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7. CITAÇÕES:
· Menção no texto de uma fonte de outra autoria (ABNT NBR10520).
MOREIRA, Daniel Augusto. O método fenomenológico na pesquisa. São Paulo: Pioneira Thomson, 2002.
A observação participante é conceituada como sendo “uma estratégia de campo que combina ao mesmo tempo a participação ativa com os sujeitos, a observação intensiva em ambientes naturais, entrevistas abertas informais e análise documental” (p. 52).

8. RESUMO (CONTÉUDO)
· O resumo objetiva a difusão das informações contidas em livros, monografias, artigos, relatórios e outros, servindo para apresentar das ideias centrais, secundárias e os pormenores importantes de um texto;
· Deve ser elaborado em parágrafo único e apresentar a seguinte estrutura: referência bibliográfica e conteúdo do resumo.

9. COMENTÁRIO (ANALÍTICOS)
· Apresenta as ideias principais do texto;
· Expõe-se finalidade, problema, metodologia, argumentos, demonstrações, resultados e conclusões;
· É um resumo mais amplo do que o indicativo e que atende suficientemente ao leitor, não precisando voltar ao texto original para o entendimento do assunto;
· Deve ser elaborada em parágrafo único e apresentar a seguinte estrutura: referência bibliográfica, conteúdo do resumo e palavras-chave.
· Permite opiniões e comentários do autor do resumo.

10. APONTAMENTO
· Utilizada para a elaboração do resumo por capítulo, com a identificação dos respectivos títulos.
· Objetiva apresentar o conteúdo da obra em sua totalidade;
· Deve contemplar a linguagem impessoal e ser escrita na forma de parágrafos ou conforme a necessidade.
Exemplo:
Introdução (Capítulo no. 1)
Apresenta o tema e sua delimitação, bem como a problemática investigada, considerando os seus antecedentes e a situação atual, os objetivos almejados com a investigação, as questões que nortearam a pesquisa e a metodologia em termos teóricos e práticos. Também foi enaltecida a importância dos documentos pesquisados, em especial os Testamentos “post mortem” e Inventários de Sergipe.
Organização do Espaço Rural e a Agricultura Familiar sergipana (Capítulo no. 2)
Nele, a discussão foi direcionada para o referencial teórico da pesquisa, considerando os conceitos-chave e as categorias de análise que o compõem. Nessa abordagem, prevaleceram a Região do Cotinguiba e a agricultura familiar local, fazendo-se um paralelo entre os aspectos sociais, políticos e econômicos a partir do contexto histórico e geográfico da época.
Repartição e a Distribuição de Terras na Formação do Território de Sergipe entre os Séculos XVIII e XIX (Capítulo no. 3)
A análise recaiu sobre a descrição do território e da situação fundiária de Sergipe com ênfase para a Região do Cotinguiba entre os séculos XVIII e XIX.
O Escravo Negro em Sergipe: Origem, Distribuição e Características (Capítulo no. 4)
A pesquisa foi direcionada ao estudo do escravo negro no Brasil e em Sergipe, com o objetivo de reconstruir a utilização dessa mão-de-obra no escravismo colonial e no doméstico, enfatizando-se o processo das doações de alforrias aos escravos preferencias a esse benefício.
Espaço Rural de Sergipe e as Doações de Terras a Escravos e Ex-Escravos entre os Séculos XVIII e XIX (Capítulo no. 5)
Nele, tiveram destaque as terras recebidas em doação pelo escravo e ex-escravo, inserindo-se nesse cenário, a condição camponesa em Sergipe, bem como o estudo da Lei de Terras.
Agricultura de Subsistência e Atuação do Escravo e do Ex-Escravo no Setor Primário de Sergipe entre os Séculos XVIII e XIX (Capítulo no. 6)
A análise priorizou o protocampesinato escravista, com ênfase para a agricultura familiar em Sergipe, bem como a unidade de produção e as estratégias de reprodução agrária. Nessa abordagem, foi destacada a sua configuração nos dias atuais.
Quilombolas: Remanescentes de Escravos e Ex-Escravos Posseiros no Brasil e em Sergipe (Capítulo no. 7)
A análise priorizou o entendimento da categoria quilombolas, considerando os seus aspectos históricos, geográficos, sociais, políticos e de identidade cultural. Sob essa perspectiva enfatizou-se ainda, o projeto de desapropriação de terras para assentamento de escravos no século XIX, aos cuidados da princesa Isabel.
Conclusões (Capítulo no. 8)
A abordagem temática privilegiou as considerações finais, enaltecendo a importância das terras recebidas pelos escravos e ex-escravos de Sergipe, via Testamentos “post mortem” e Inventários, bem como a sua relação com a formação do espaço rural e agricultura familiar dque o estado possui nos dias atuais.

11. GLOSA
Elaborada na forma de minidicionário, com palavras científicas e termos técnicos, observando a ordem alfabética.
Exemplo:
Capela de Missas: cinquenta missas celebradas a partir do primeiro dia do sepultamento até o quinquagésimo dia do sepultamento.

12. SINTESES PESSOAIS
· Ficha livre, elaborada conforme a necessidade do autor do fichamento.
· Deve conter o cabeçalho e o fechamento, da mesma forma que os demais tipos de fichas.

13. BIBLIOGRAFIA
· Apresenta os aspectos qualitativos do assunto (conteúdo) e os quantitativos (itens que podem ser contados na obra ou parte dela);
· Nela, também devem ser mencionados ilustrações, exemplos e exercícios de qualquer tipo ou natureza.
14. ESBOÇO
· Contempla a apresentação das ideias centrais da obra ou parte dela, página a página ou grupos de páginas;
· No caso de grupos de páginas, utilizar intervalos regulares.
· Usar linha vertical à margem esquerda com dois centímetros de espaço antes das ideias centrais da obra ou parte dela.
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15. DE LEITURA
· É a mais completa e subdivide-se em:
· RESUMO (apresentação do assunto abordado);
· CITAÇÕES (reprodução textual de frase ou parágrafo de um ou mais autores);
· COMENTÁRIO (avaliação crítica);
· IDEAÇÃO (novas ideias).

16. MONOGRÁFICA, Possui a mesma subdivisão da ficha de leitura com o acréscimo dos itens: Introdução (antes do resumo) e conclusão (após ideação).
· INTRODUÇÃO: assunto, tema, problema, objetivos, hipóteses ou questões norteadoras e metodologia.
· CONCLUSÃO: Considerações e reflexões alcançadas com o estudo ou pesquisa; confirmação ou negação das hipóteses de trabalho.

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